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No 5º dia de greve, motoristas fazem "œoperação tartaruga" em Teresina

Motoristas e cobradores decidiram iniciar uma operação tartaruga na Avenida Frei Serafim, Praça da Bandeira e Praça Saraiva, por volta das 16h desta sexta-feira (8).

08/02/2019 17:35

Após cinco dias de negociações e sem nenhum acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), dezenas de motoristas e cobradores decidiram iniciar uma operação tartaruga em três dos principais pontos de Teresina, a Avenida Frei Serafim, Praça da Bandeira e Praça Saraiva, por volta das 16h desta sexta-feira (8). A mobilização consiste em parar os ônibus por alguns minutos em determinado ponto, atrasando o trajeto.

No 5º dia de greve, motoristas fazem “operação tartaruga” em Teresina. (Foto: Jailson Soares/ODia)

Na Avenida Frei Serafim, uma fila de ônibus se formou nas proximidades da Igreja São Benedito e vários passageiros tiveram que descer dos coletivos que ficaram estacionados. A dona de casa Teresinha Rocha, residente no bairro Dirceu Arcoverde, foi uma das passageiras que precisou continuar o seu trajeto a pé. “A gente entende que eles estão lutando pelos direitos deles, mas é a população que está sendo prejudicada”, disse insatisfeita.

Segundo o membro da diretoria do Sintetro, Iranir Rocha, a mobilização teve como objetivo chamar a atenção das autoridades, em especial das empresas integrantes dos consórcios do transporte coletivo de Teresina, para as pautas reivindicadas pela categoria. “Já são cinco dias e nós estamos querendo resolver a situação. A operação não vai durar muito, mas estamos fazendo para que isso se resolva o mais rápido possível”, afirmou.

No 5º dia de greve, motoristas fazem “operação tartaruga” em Teresina. (Foto: Jailson Soares/ODia)

A mesa de negociação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que estava marcada para esta sexta-feira entre representantes do Sintetro e do Setut, terminou sem acordo entre ambas partes. De acordo com o Sintetro, a contraproposta apresentada pelo Setut que contempla um reajuste de 4%, além da mudança do plano de saúde, não foi aceita pela categoria. 

Os rodoviários, que antes pediam um reajuste de 8%, chegaram a diminuir a proposta para 5%, mas o valor não foi aceito pelos empregadores. Sem consenso na negociação direta, a decisão sobre o processo caberá à desembargadora Liana Chaib. "Existem algumas cláusulas que ainda estão difíceis de serem negociadas, como o reajuste salarial, o ticket e dois que estão mais difíceis, que é o plano de saúde e a dupla jornada de trabalho.", afirmou. Após a decisão, o processo será enviado para o relator, o desembargador Manoel Edilson, que deverá encaminhar para o julgamento do dissídio coletivo.


Por: Nathalia Amaral
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